quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Palavras e terminações e derivações

“Pobre de mim quando você adolescer”. Esta frase foi extraída da coluna de Pasquale Cipro Neto hoje, na Folha, tratando sobre a palavra adolescente e sua derivação do verbo adolescer. Foi perfeita pra mim, afinal, Ana Luisa tem feito muito “arte” como ela mesma gosta de dizer, com aquele “ti” no final que fica tão gostoso de ouvir nos bebês e eu já posso pensar mesmo “pobre de mim quando ela adolescer”.


Na verdade, isso tudo começou com a infindável discussão sobre como devemos chamar Dilma, “presidente” ou “presidenta”. Esta questão será polêmica até o fim do mandato? Deu discussão no Senado, quando Marta Suplicy resolveu corrigir Sarney ao se referir à Dilma como “presidente”. De fato, discussão importante essa.

Voltando aos adolescentes, esses serão meninos e meninas, assim como os valentes, também citados pelo Professor, o que me fez lembrar que esta semana fui fazer uns exames em um laboratório e um garoto, devia ter uns sete anos, ostentava um adesivo com os dizeres: “sou valente, fiz todos os meus exames!” Adorei.

Conhecer a pronúncia é importante?

Grande dificuldade ao aprender uma língua é pronunciar as palavras. É detectada logo, quando o aluno é posto à prova ao enunciar algumas frases e piora quando ele tem que formular e enunciar suas próprias idéias.


Um tempo atrás, fui tentar fazer um self-study em alemão. Percebi que tinha adquirido um bom vocabulário e até bom entendimento estrutural, mas desisti logo por falta de um guia de pronúncia. Impossível estudar um idioma sem isso!

O exercício de “Listening” demonstra o grande conflito entre aquilo que está escrito e aquilo se escuta. O aluno muitas vezes não consegue obter informações sobre o que está ouvindo e depois, quando lhe é apresentado o “tapescript”, não acredita que não conseguiu entender tal frase/diálogo/colocação. Ele pergunta: “era isso”?

Era isso mesmo e continua sendo já que poucos cursos de línguas dão a devida importância à pronúncia das palavras. E quando falamos em pronunciar palavras, devemos tratar de tudo que isso envolve como tonicidade, blendings, sons que não são pronunciados.

Essa questão nem é tão estranha quando pensamos que nós, falantes da língua portuguesa, não aprendemos fonética na escola. Eu fui ter minha primeira aula de fonética na faculdade, uma lição dentro do curso de Linguística. Ainda bem que escolhi este curso, não?

Eis algumas técnicas para aprender e melhorar pronúncia (meus alunos adoram!):

1- Escrever como se fala. . Exemplo: “How do you do” é pronunciado “rauriudu” (essa eu aprendi na última escola que lecionei);

2- Destacar tonicidade com letras garrafais como “DAN gerous” e se pronuncia “dendgeres”;

3- Repetir a pronúncia da palavra com dicionários (student’s Best friends) e aplicá-las dentro do contexto de suas próprias idéias;

4- Ler os textos em voz alta. Ajuda a detectar problemas com pronúncia além de problemas estruturais (especialmente se o texto foi escrito por você);

5- Gravar a sua voz quando lê algo no idioma. Pode ser um pouco constrangedor, mas esse é, com certeza, um excelente meio de identificar e praticar pronúncia.

Recomendo:

Forvo – dicionário colaborativo online de pronúncia - http://pt.forvo.com/

Audacity – editor e gravador de áudio livre - audacity.sourceforge.net

Whaddaya Say? Guided Practicein Relaxed Speech by Nina Weinstein