quarta-feira, 13 de maio de 2015

Internacionalização

Há algumas semanas, o jornal Folha publicou uma matéria sobre o primeiro curso brasileiro a passar por um processo de internacionalização. Tudo começou lá na FGV.

A intenção é, além de ampliar o público do curso, é realmente internacionalizar o conteúdo, considerando que muito do que se produz aqui, fica aqui.

Já esta semana, outra matéria mostra a USP oferecendo cursos de língua inglesa também com intenção de derrubar as fronteiras entre conteúdos, pesquisas, conhecimento produzidos aqui e que não são acessados em nenhum outro lugar. O text trata de fatos em que bons artigos científicos ficam sem espaço em boas publicações da comunidade internacional por falta de um inglês coerente, compreensível, nem básico.

É sabido que o Brasil é o país das franquias de escolas de idiomas, mas com proficiência baixíssima em inglês. Ao que se deve isso?

Nas escolas, o ensino de inglês começa cada vez mais cedo, já na educação infantil, com aquelas propagandas sobre preparar o seu filho para o futuro, nada melhor do que começar logo! Então estamos falando em dois ou três anos na educação infantil, mais oito (?) anos na educação básica, geralmente aliados a cursos livres paralelos em escolas de idiomas e ainda termos alunos universitários sem um nível básico para submeter um artigo a uma revista, sem conseguir consultar materiais de pesquisa internacional em suas áreas? Grave.

Comprometimento na formação de professores, orientação escolar quanto ao aprendizado dos alunos e que tal?, construirmos uma consciência de que sem esforço não se vai a lugar nenhum, não se cruza nenhuma fronteira.

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