segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Multidisciplinaridade




Prova do Enem 2015 aconteceu neste último domingo. Neste blog, meses atrás, já havia comentado como o número de inscritos havia batido recordes e como a cada ano a prova vem demonstrando mais segurança, mais aceitação e mais adeptos.

No caso da prova de língua estrangeira (inglês), questões de pura interpretação de texto.

Vou deixar aqui o link da prova corrigida e comentada pelo Objetivo (retirada do blog de um colega professor).

Mais do que eu comentar a prova e dar as minhas impressões, o que realmente acredito ter professores mais dentro deste universo do que eu para fazê-lo, vou deixar as minhas opiniões sobre como lidar com a língua estrangeira em nossas escolas e nossos alunos.

Fica claro para mim, entre outras coisas, que o que se cobra em relação à língua estrangeira é a capacidade do aluno em ler um texto, de qualquer natureza (artigos, charges) e entender a mensagem deste texto (a tal da interpretação).

Muito bem! De que forma o aluno fará tal coisa se não consegue fazer o mesmo na própria língua? Qual não é a dificuldade do aluno em praticar as habilidades de compreensão, contextualização e adaptação de ideias no próprio português, muito mais do que problemas com a gramática, morfologia, ortografia da língua?

Da mesma forma, para quê o ensino da língua inglesa deve se concentrar nessas competências (gramatica, vocabulário), se no final das contas o aluno será cobrado em outras competências como a compreensão, contextualização e adaptação de ideias em inglês?

Aqui me parece redundante falar em multidisciplinaridade. O aluno precisa ser despertado para habilidades de interpretação em qualquer língua que venha a aprender e para isso, um trabalho integrado é a única solução. Integrado também às outras áreas como Geografia, História, Ciências, especialmente porque a língua é um organismo vivo e é preciso conhecer as particularidades culturais, geográficas e históricas para entender isso.


O conhecimento não é fragmentado. As avaliações a que os alunos estão sendo submetidos provam isso. Resta agora a escola começar a trabalhar na mesma linha para prepara-los não só para essas provas, mas para o século 21.

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