sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A Educação em números e vírgulas

Desempenho do Ensino Médio subiu de 1,93 para 2,25, em escala de 0 a 10.
Primeira Fase do Ensino Fundamental foi de 4,76 para 5,25.
fonte: Jornal Folha de São Paulo

Índices sobre a educação básica no Brasil sobem, mas são tão baixos que não deixam nem um pouquinho de alívio ou satisfação.

As metas, que ainda são bem baixas também, são esperadas para 2030. Minhas filhas já não estarão mais frequentando a escola.

Esta semana recebi uma proposta de uma escola particular em um bairro de classe média alta de São Paulo. Meus queridos, me dói o coração.

Como professora, porque o empenho intelectual, administrativo e interpessoal é tão grande para poder desempenhar essa profissão de forma minimamente eficiente, que não consigo pensar no malabarismo para se investir na carreira com esse salário; depois, como mãe, pois profissionais mal pagos são profissionais deficientes e isso não é na escola, é na vida.

Acontece que o produto dessas empresas chamadas escolas são os nossos filhos e o futuro deles, em sua formação como cidadãos e pessoas decentes.

O Governo atribui a melhora nos índices a alguns fatores como: inserção de games e plataformas online no reforço escolar – e olhe lá! Porque tecnologias educativas estão longe de fazer parte da rotina da escola; avaliação durante o ano – uai?! Não fazem avaliação sempre? E simulados para os exames nacionais que reúnem e apresentam os resultados desses índices – como no vestibular, você treina, treina e treina até que passa. E aí?

De qualquer forma, vamos comemorar. Não pioramos, já é uma vitória para o Brasil. Mas essa discussão sobre educação não pode ser esporádica. É um assunto para todos os dias e para todos nós, mesmo que você não seja mais aluno ou que não tenha ninguém querido frequentando a escola de hoje. 


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