terça-feira, 30 de julho de 2013

Educação à distância


Cresce a oferta de cursos e consequente a demanda por eles na modalidade EaD. Prova disso é a estreia do caderno “educação à distância” no jornal Folha nesta segunda-feira com um pouco mais de sol e ânimo depois da semana mais fria em décadas.
Já na semana anterior, em entrevista especial com a sócia-diretora do Coursera tratou-se do acesso à educação superior avançando por meio da internet e os cursos online. O Coursera hoje tem parceria com 33 universidades internacionais e está em contato com a USP para começarem planos de cursos em português.
Significa que, tendo acesso à conexão de boa qualidade e sabendo inglês (esses cursos estão hospedados em plataformas internacionais, ministrados e com conteúdo em inglês), não haverá mais barreiras entre educação/qualificação e pessoas. É só isso?
O novo caderno sobre educação à distância começa expondo um dos grandes problemas que dificultam a consolidação desta modalidade entre os alunos: a evasão dos cursos online, apesar da “facilidade” como principal característica dessa modalidade, chega a ser maior do que nos cursos presenciais. Estranho?
A matéria também aponta razões para esse número alto de abandono de estudo e estabelece um perfil dos alunos que mais procuram esta modalidade como forma de educação/capacitação. Para as razões, temos mau planejamento tanto dos cursos que são oferecidos (em relação ao material, plataforma, falta de tutores e feedback para os alunos) quanto dos próprios alunos, que acabam por se iludirem com a facilidade de horário e deslocamento e não organizam o tempo e dedicação para realização e conclusão do curso.
No perfil, pessoas mais experientes, com mais de 30 anos, com pouco tempo para deslocarem-se e acompanhar devidamente os cursos presenciais.
Bom, penso eu que essas pessoas (mais experientes) já têm inclusive objetivos melhor definidos quanto à necessidade de cursos do que os mais jovens, então por que não conseguem seguir com o curso online?
Seria por que, em um cenário onde as pessoas estão sufocadas com trabalho, estresse, falta de incentivo do governo/empregador à dedicação de novos cursos e mobilidade que só a educação proporciona, as pessoas sintam-se atadas em dividir o tempo com lazer, saúde, família e estudo...?


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